A criatividade está em falta no Brasil?

Você já ouviu falar no PISA? Se trata do Programa para Avaliação Internacional de Estudantes (Programme for International Student Assessment), da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), que acontece de 3 em 3 anos. O PISA avalia a performance de alunos de 15 anos quanto às suas habilidades de leitura, matemática, ciências e competências relevantes para o século 21. Uma característica interessante da avaliação é que, a cada edição, ela foca prioritariamente em algum domínio principal, rotacionando entre eles. O PISA 2022 teve seu foco maior na matemática, sendo leitura e ciências secundárias a esta. Além disso, avaliou também o pensamento criativo dos alunos, elencando níveis de proficiência no pensamento criativo de 1 a 6, do menor para o maior desempenho respectivamente.

 

O Brasil reconhece a importância da criatividade. Aqui ela é considerada uma competência básica a ser desenvolvida na educação para resolver demandas complexas do dia a dia, da cidadania e do mundo do trabalho. Em tese, instruídas pela BNCC, a base nacional comum curricular, todas as escolas no nosso país atuam para desenvolver essas habilidades nos alunos. Ainda assim, nosso desempenho no PISA aponta que a nível nacional, a criatividade ainda é um diferencial de poucos. Seguem algumas considerações importantes:

 

  • A média do Brasil na avaliação do pensamento criativo foi de 23 pontos. Ficamos 10 pontos abaixo da média geral de 33 pontos. A escala adotada vai de 0 a 60 pontos.

 

  • No ranking formado por 64 países que realizaram a parte do teste sobre pensamento criativo, ocupamos a 49ª posição.

 

  • A maior parte (54,3%) dos estudantes brasileiros ficaram nos níveis 1 e 2. Isso quer dizer que eles costumam ter ideias de temas óbvios e um engajamento mínimo com a tarefa, criando elementos visuais simples e histórias curtas.

 

  • 34,9% dos estudantes brasileiros alcançaram os níveis 3 e 4 e apresentam ideias tidas como apropriadas para tarefas e resolução de problemas simples a moderadamente complexas.

 

  • 10,9% dos estudantes no Brasil atingiram os níveis 5 e 6, demonstrando conseguir se engajar na geração de ideias diversas e originais, inclusive em tarefas tidas como complexas e abstratas. A média da OCDE para os níveis 5 e 6 foi de 27%.

 

Esses dados revelam que ainda que saibamos da importância da criatividade para a sociedade, ainda há muito a ser feito nas escolas brasileiras. A criatividade é uma característica inata dos seres humanos e se manifesta livremente principalmente na infância. Nesse contexto em que agir vale tanto, precisamos refletir nosso discurso em nossa prática diária. A metodologia da The Joy School carrega esse olhar atento tão importante para o fomento da liberdade de expressão e incentivo à autonomia criativa dos nossos alunos. Seguimos com a certeza de estar na direção certa para a transformação da educação!

Compartilhe:

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn

Deixe um Comentário

Fields (*) Mark are Required

Na Chave

Posts Relacionados

New ideas!

Hello!! Neste mês, vou compartilhar uma ideia de Campanha para K1, como incentivo para que os Joyers concluam o PreSchool na the Joy. Para os

Are the Joyer´s parents satisfied?

Ao final do 1° Bimestre, com a rotina escolar implementada, alunos e pais adaptados, parcerias comerciais em andamento, precisamos ter um olhar mais atento para