Bons líderes possuem muitas habilidades. Uma delas, que certamente faz toda a diferença à instituição e a sua equipe, é a de ser um bom ouvinte. Líderes assim reconhecem a importância de uma comunicação efetiva como uma ferramenta para a resolução de problemas complexos e portanto, tendem a incentivar que o ambiente de trabalho promova o pensamento analítico e criativo através de conversas e debates.
E escolas são locais falantes por natureza! Seja a sala de aula ou os pátios, a sala dos professores ou da coordenação, o refeitório, a quadra, a portaria… escolas possuem um som ambiente tão característico que pode ser reconhecido de longe (aposto que você ouviu daí). O que não pode passar despercebido é o papel fundamental da comunicação para gerar envolvimento das equipes. Mais do que apenas um recurso para conversas, gestores escolares devem investir na escuta ativa para acolher sua equipe e gerar engajamento e comprometimento.
Muitos de nós não estão familiarizados com esta habilidade, de modo que é necessário dedicar tempo e atenção para a sua prática até que se torne um hábito. Portanto, se esse for o seu caso, não se preocupe com a perfeição e entenda que é um processo! Mas afinal, como desenvolver a escuta ativa? De maneira geral, a escuta ativa está ligada à empatia: tem a ver com estar presente para o outro, dedicando atenção e ouvindo para compreender e não (só) para responder. Segue uma breve lista com pontos importantes para se atentar em momentos de escuta:
- Fazer contato visual: ajuda a perceber o outro e, se necessário, ajustar o momento e/ou discurso. Por vezes uma tarefa ou notícia pode ser melhor comunicada em outro momento e o contato visual te ajudará a notar isso.
- Mostrar reações faciais adequadas e balançar a cabeça afirmativamente: sinaliza atenção e compreensão sobre a fala do outro.
- Fazer perguntas: demonstra interesse e reconhece a importância da fala do outro.
- Averiguar a compreensão através de paráfrases: dizer o que já foi dito de outra maneira ajuda a confirmar uma ideia e possibilita que ações sejam direcionadas de maneira eficiente. Exemplo: “O que eu entendi do que você me disse foi…”. Evitar ações e/ou gestos de distrações: bocejos ou olhar ausente, por exemplo, tem um efeito muito negativo no processo comunicativo.
- Evitar interromper e/ou falar ao mesmo tempo: demonstra consideração e respeito ao outro.
Ao optar pela escuta ativa, o gestor ainda evita ruídos de comunicação, que derivam principalmente do fato de assumirmos que a outra pessoa compreende nossas falas da mesma maneira que nós. Assim como a sala de aula é diversa, também é a comunidade escolar e o mundo, formado por pessoas de bagagens de vida e modelos mentais diferentes. A comunicação na escola deve ser permeada de escuta ativa em todas as suas esferas. Assim fazemos com que todos se sintam respeitosamente incluídos e otimizamos processos com as equipes!